“É a isto que chamamos vida…”

“Cá vou eu na minha Voz Alta, hoje apenas para agradecer, agradecer a todos quantos ontem quiseram estar comigo na apresentação do livro, obrigado a todos que não estando estavam a torcer por mim e que me fora enviando mensagens desejando que tudo corresse bem.

Sei que alguns vieram de longe, espero que tenham feito uma boa viagem de regresso.

Espero, acima de tudo, que todos encontrem neste blog, agora tornado livro, alguma coisa de válido.

Tenho que confessar que eu, logo eu, tão habituado a estas coisas dos palcos e dos microfones, me senti ontem tão nervoso e desajeitado.

Lembrar o meu Pai e o Meu irmão não foi, e jamais será fácil, é certo que se a vida corresse pela ordem normal me estaria reservado, pelo facto de ser o mais novo, vê-los partir, mas não é de facto normal perder-se o pai quando este tem apenas 48 anos e muito menos normal é perder um irmão quando este tem apenas 38.

Só conheci um dos meus avós, neste caso uma avó, mas mesmo essa, morreu quando eu era muito pequeno e a imagem que tenho dela não é mais que uma esfumada sombra.

Confesso que, apesar de ser alguém publicamente conhecido, não tenho muitos amigos e os que tenho, não estão muitas vezes comigo. Não faço seguramente uma vida de grande intensidade social e sou muito mais tímido e introvertido do que possam imaginar. No entanto, sinto-me tão bem quando como ontem, me pude uma vez mais entregar sem falsidades ou fingimentos.

Disse o Dr. José Alberto Fateixa que; não passo indiferente, que serei idealista e agitador, muitas vezes polémico, sonhador e lutador. Serei, mas prefiro ser tudo isso do que não ser nada.

Sou assim, como todos os outros, cheio de defeitos e possuidor de algumas virtudes. Não serei um homem perfeito, muito longe disso, mas há uma coisa que sempre fui e sou, sonhador e obstinado.

Vim cá para viver e tentar aproveitar tudo, e todos sabemos que a vida tem momentos bons e maus e eu, não fujo à regra, sou como a vida, tenho bons e maus momentos, ontem, foi dia para um bom momento, obrigado por me acompanharem nesta passagem, ainda estou assim, meio tonto com a vossa presença e amizade. Quero ficar assim mais uns momentos nesta inebriante felicidade, quero aproveitar mais um bocadinho, até porque hoje, não sei o que me vai acontecer e se ao invés de ontem, me estiver reservado um dia menos bom, cá terei que estar pronto para o viver, não há volta a dar.

É a isto que chamamos vida…”

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